Sua inserção no vasto mundo da música eletrônica se deu nos saudosos anos de efervescência inicial da cena nacional. Sendo São paulo o epicentro principal do movimento que posteriormente tomaria o país, passou a frequentar os quartéis-generais do avant-garde sonoro da época como Sound Factory, Hell’s Club, Toco, Nation e Overnight e, no processo, educando seus ouvidos e lapidando seu gosto musical. Até então, apenas mais um aficcionado pelas novidades e dedicado frequentador da boêmia eletrônica e distinto rato de balcão das lojas especializadas. Assim, foi natural que desse o próximo passo e se tornasse um DJ, seguindo a influência do primo que se aventurava em bailinhos locais na Zona Norte, uma área carente do mesmo fervor característico da vida noturna do resto da cidade. Após a benção vinda de um grande nome da cena como Andy, que lhe deu seu primeiro vinil como incentivo ao saber que começava a se arriscar nas pick ups, agora era apenas uma questão de tempo para que os frutos dessa devoção viessem a render. Já tendo passado seu período de aprendizado fundamental na eletrônica como um todo, adotou como estilo de vida aquilo que mais se destacava como inovador: o Drum & Bass, e daí sua carreira voltou-se inteiramente para o gênero, onde se estabeleceu como um dos nomes de destaque da cena local. Uma carreira certamente recheada de feitos notáveis para alguém cuja experiência não se comparava a de outros veteranos que disputavam postos no sempre estreito cenário paulistano, mas se isto chegou a ser uma carência, seu amor à música e integridade musical sempre a supriram. Não tardou para seu talento e dedicação serem reconhecidos e choverem convites para tocar em festas renomadas como The Bass, Digital Nation, Laboratório e estabelecer sua residência no promissor projeto Batuk Sessions. Um trajeto vigoroso que o levou a clubs lendários de São paulo como Overnight, Broadway, D-Edge, Lov.e, assim como a cidades diversas como Osasco, Amparo, Brasília e, ultimamente, Franca. Extraodinariamente ainda arranjando tempo para se dedicar aos negócios musicais tornando-se sócio da Stuff Records, um dos últimos oásis para os devotos do gênero como ele, fornecendo sons frescos qualidade musical tanto atrás das pick ups como do balcão. Tendo tocado ao lado de DJs consagrados como Marky, Andy, Patife, Marnel, Zinc e Bryan Gee, não resta muito o que falar de um DJ como Koiti, cujos feitos e fatos esclarecem totalmente a que veio e para que veio a se tornar uma das promessas da cena nos últimos tempos. Só resta perguntar sobre seu estilo, algo que sempre assombra DJs e fanáticos que se preocupam menos com a música que com rótulos. Liquid Funk talvez seja um termo muito dúbio e cheio de sutilezas, às vezes complicado e noutras simplório demais para definir o que Koiti toca. Afinal de contas, uma trajetória diversificada e sólida como a sua dificilmente se deixaria ser enquadrada por um estilo, quanto menos um termo tão restrito. O que Koiti toca é funky, porque dificilemente você consegue resistir aos grooves, e é liquid, porque flui deliciosa e intensamente pelos seus ouvidos. É só se deixar levar